Thursday, May 31, 2007

A morte sempre me deixa melancólica.
Acho que a constatação do tamanho de nossa existência diante da morte me deixa encolhida.
Eu gostava dele e até a hora do almoço não me parecia que ele iria a lugar algum.
Só que ele foi. Não voltou. E não vai voltar nunca mais.
Uma dessas pessoas de vinte e poucos anos que morre da forma mais inesperada possível.
Ele não existe mais e ao pensar nisso fico profundamente triste. Imagino a mulher dele e o filme que ela pode ter alugado para que eles assistissem juntos hoje a noite.
Sempre escrevo sobre sonhos e isso não é uma forma poética de me referir aos desejos.
Nada poético.
Acho que escrevo pouco sobre o conteúdo deles.
Muita intimidade?
Talvez sim, mesmo que seja para alguém que escreve anonimamente e que não é lida por quase ninguém conhecido.
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Em janeiro eu viví uma crise que durou alguns meses.
No meio da confusão, entre uma crise de choro e outra, eu tive um sonho.
Estava numa pedra. Melhor, num complexo de pedras circulares e altas.
Meu pai, minha mãe, a Camila e a Camilinha estavam juntas.
As pedras tremiam como num terremoto e ao olhar para baixo o que se via era uma grande queda. Por esse motivo, eu fazia de tudo para me equilibrar e evitar que a estrutura de pedra ruísse.
A Camila e a Camilinha foram as primeiras a cair. Fiquei preocupada e pedí para que meu pai e minha mãe ficassem parados sem provocar mais movimentos na pedra instável.
Meu pai olhou para mim e disse com sua forma doce e confiante que eu não deveria ter medo e que eu deveria pular para que tudo chacoalhasse logo. Dito isso ele começou a pular, fazendo um pedaço da pedra ceder e enquanto ele fazia isso, eu pedia para ele tomar cuidado porque a pedra poderia machucar as duas que estavam embaixo. Mais uma vez ele me disse para não me preocupar e pulou até a pedra ceder e cair num filete de água que corria no fundo.
Depois disso o tremor parou. Tudo ficou seguro e minha mãe foi buscar as duas meninas pelas mãos. A Camilinha, mais nova e mais espevitada, vinha de mão dada com a minha mãe e faltava-lhe o braço direito amputado pela pedra. O curioso é que não sangrava e minha mãe me dizia que tudo estava bem e que ela ficaria bem também.

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Duas noites atrás tive outro sonho desses com muitos detalhes e sensações.
Uma certa menina conhecida me beijava bem devagar. Devagar de uma forma que quase dava para ouvir o coração durante o sonho.
Depois do beijo demorado fomos para um jardim lindo com uma espécie de palco esotérico no meio. Nesse palco estavam sentados o Chris e duas meninas lindas que chamavam minha atenção. No sonho eu concluía que as meninas eram lindas e significavam nada. Lembro muito dos dois rostos.
Fugimos da festa atrás de sexo.
O beijo não era mais tão lento. A mão e o quadril ficavam exatamente onde deveriam ficar. E tudo foi bom.
A cena mudou e fomos parar numa sala junto com essa família também conhecida. Todos querendo nossa companhia para sair e mais uma vez fugimos.
Pulamos numa espécie de córrego e eu dizia que a água parecia suja. Ela me dizia que não era e que a água era verde como uma folha escura.
Toques.
Depois nadamos com um destino conhecido mas do qual não me recordo. Em um dado momento a corrente ficou forte e contra a nossa direção.
Ela me disse que a corrente era forte mas que conseguiríamos atravessar para o outro lado. Assim fizemos.
Depois disso ficamos sentadas num gramado, nos olhando.
Vou atrás do Auster de capa azul.
E pretendo subir pelas paredes.
O caminho de volta para casa anunciava uma noite complicada.
Tosse, muita tosse. Falta de ar e um cansaço avassalador.
Reagí e fui atrás de um pouco de conforto.
Banho quente, pantufas e creme de galinha. Desistí do vinho tinto que atrapalharia a segunda parte do meu plano.
Narinas lavadas com soro, xarope e Berotec no inalador.
Não sei se exagerei no Berotec mas a sensação de desconforto foi grande.
Desistí também do jogo porque não precisava passar mais nervoso. Fui para o quarto às 21h30.
Ouví música e fui melhorando.
Recebí cuidado a distância e quando menos esperava eu já estava dormindo tranquilamente.
Foi a melhor noite desde sexta-feira.

Tuesday, May 29, 2007

Não sei como tudo isso cabe dentro de mim.
Cabe.
Não sei onde.

Sunday, May 27, 2007

Do tempo das coisas

Plantei uma pitangueira no canteiro da rua.
Era dia e fazia calor.
Reguei, olhei e esperei.
Nada.
Sofrí muito em uma semana. O crescimento parecia depender de mim, uma criança de 7 anos.
Impaciência. Ansiedade. Já chamaram essa característica por vários termos.
Tudo tem seu tempo natural e desconhecer o tamanho desse tempo me afligia.
Aflige. Continua me incomodando, mesmo não plantando mais pitangueiras.

Sobre problemas e sofrimentos

Lidar com o sofrimento. Meu ou alheio.
Dificuldade. Quase incompetência.
Alguém tão querido com uma dor familiar me comove.
Falo. Tento. Penso. Sugiro.
Queria mesmo é acabar com a dor. Alheia como se fosse a minha.
Ajudar pode ser atrapalhar.
Tudo tem seu tempo natural. Desconheço o tamanho desse tempo.
Curto, espero.
O grande compromisso será segunda mas até lá ainda há o que se fazer.
Deixei as pendências de lado e fui cuidar do que me é caro, mamis de braço quebrado.
Depois de mamis, fui cuidar de mim. Parada no shopping para comprar um inalador próprio, dois frascos de soro e mais remédio.
Agora posso devolver o antigo aparelho para os donos que também me são caros.
Sábado complicado.
Noite mal dormida e inalação às 5 da manhã. O clima de que tanto gosto traz a praga da crise alérgica.
Levantei para o dia ensolarado e fui gastar o que me resta de massa cinzenta. Trabalhamos até as 8 e pouco. Deixei a Pompéia tal qual um trapo.
Convite bacana para o Glória mas não me restava forças. Tosse, falta de ar e olhos ardentes.
Um pouco de amigos e pizza antes dormir.
Allegra, soro e cama.
Show da Céu na sexta-feira.
Uma graça!

Thursday, May 24, 2007

Mamis com o braço quebrado em três lugares.
Depois do diagnóstico incorreto de luxação, mais um mês com gesso e alívio por ter escapado de uma possível cirurgia.
Essas crianças...
Para quebrar a sensação desconfortável, um pouco de aconchego na noite extremamente fria e um convite para jantar.
Vinho tinto para esquentar, lazanha, Lindt e até sorvete napolitano. Tratamento vip com a gentil carona.
O estranhamento pós filme passou. O frio ficou lá fora e de volta ao lar eu só penso no aquecedor ligado e na cama quentinha.
Deveria ser mais um item na minha lista de entretenimento. Um filminho tranquilo como já é de praxe às quintas-feiras. Alpha Dog.
Só que o roteiro besta tratando de gente besta cometendo crimes bestas me deixou incomodada. Talvez porque seja baseado em fatos mais do que reais.
Na verdade, acho que o incômodo vem dos detalhes. Da impotência ou ignorância diante deles.
Pode ser o primeiro.
Pode ser o último.
As oportunidades de perdição e salvação acontecem a todo instante e nunca temos consciência disso. A palavra que deixamos para depois. A palavra que deveríamos deixar para depois.
Deu no Terra: "cobra explode após engolir crocodilo em pântano".

Já escreví aqui que cobra que não se arrasta não engole sapo. Só que essa notícia antiga mostra o quanto custa ter o olho maior do que a barriga.
Ah mar de Sophia.

"O teu destino deveria ter passado nesse porto
Onde tudo se torna impessoal e livre
Onde tudo é divino como convém ao real"

Wednesday, May 23, 2007

Dia produtivo movido a boa trilha sonora: I am Sam e Céu.

Monday, May 21, 2007

Depois de tanta diversão...refraseando, junto com tanta diversão, os pensamentos responsáveis começam a tomar corpo.
A resposta sobre a pós em Coimbra chegou.
A idéia de trabalhar por uma transferência deixa de ser um pensamento tão vago.
O idioma do próximo semestre está quase escolhido.
Tudo amarrado com o evento do próximo dia 28. Nó quase desfeito.
Hoje trabalhei sem uma nota musical.
Ao chegar, mais de 320 emails na caixa de entrada. Recados. Pedidos. Dúvidas e aflições.
Bem disposta, enfrentei tudo calmamente.

Sunday, May 20, 2007

Despedidas e chegadas.
Coincidências e realizações.
Garoa e sol.
A única constante foi o frio. A alegria também permaneceu.
Noite de domingo.
Muito frio.
Depois de vencer a CET e suas idéias mirabolantes para o pós show do High School, cheguei em casa.
Banho quente, aquecedor ligado e espírito pronto para recolher as armas.

Friday, May 18, 2007

Finalmente uma bola dentro na gestão Kassab com sua neura justificável pelo projeto Cidade Limpa.
Claro que dá medo elogiar tão cedo mas a iniciativa da vez é mais do que necessária.

"Radar vai multar veículos poluentes
Aparelho que usa raio infravermelho fotografará placas quando emissão de fumaça superar padrão internacional."
Fui ao cinema com amigas e quando cheguei em casa a Grande Família estava no fim.
Banho rápido, dentes e sala para ver tv.
O catastrófico Linha Direta estava no ar e peguei o controle para começar a curtíssima viagem pelos canais (é, eu não tenho tv a cabo!).
Antes de conseguir mudar eu ví uma senhora falando. Era negra, um pouco gorda e parecia estar serena. Cara de mãe!
Ela era mãe. Moradora de uma favela no Rio, ela era mãe de uma das vítimas citadas no programa. Negro e jovem, ele foi um dos rapazes exterminado por policiais militares do estado. Não teve direito a se identificar, não teve crime registrado e só lhe restou o espancamento covarde e a morte.
Voltemos a ela que descrevia o filho e a condição na qual ela o encontrou de uma forma perturbadoramente resignada. Demonstrava sentir saudade dele mas não transparecia nem um pingo de revolta ou de ódio pelos algozes do rapaz.
Enojada com a situação e comovida com a bondade daquela mulher, mudei de canal.
Não me lembro o que assistí.
Fiquei pensando na fonte dos ódios humanos.
Antes de me deitar eu fiz alguns exercícios de Tao. Foquei na respiração e na mentalização das cores e elementos.
Deitei.
Dormí.
Sonhei. Sonhei. Sonhei mais.
Imagens desconexas, desejos escondidos e medos disfarçados.
Coloquei o pijama para lavar. Devo ter corrido uma maratona e meia durante a noite porque minha roupa estava completamente molhada.

Thursday, May 17, 2007

NOTAS DE UMA MENTE COM LEMBRANÇAS - Os passeios de moto

Recebí uma mensagem no Gmail e automáticamente me lembrei da música. Daí foi um passo para me lembrar da pessoa e das cenas.

Um certo tipo ariano e provocador costumava me levar na garupa da moto, cantanto bem alto "Alice não me escreva aquela carta de amor". O riso corria solto e feliz.

A cena da moto se repetiu nem sei quantas vezes. Na época, nada de capacetes com a justificativa de que a cidade era litorânea e de que a proteção esquentava muito.

A moto era grande e por prática familiar eu adorava a sensação de liberdade do veículo. Vindo da praia, do restaurante, de alguma passeio. Indo para ilha, pro Guarujá ou para a casa de Jhuqueí.

Sempre as provocações e as gargalhadas.

Algum tempo depois, um acidente quase fatal acabou com a desculpa do capacete e com a liberdade da moto. Foi pretexto para um belo revival em Jhuqueí e para os versos "depois de você, os outros foram os outros e só".

Fomos embalados à Kid Abelha. Faz sentido.

Wednesday, May 16, 2007

Parei por aqui porque precisava.
Já passa das duas da manhã. Subí no elevador com uma rosa que me foi presenteada numa mão e uma garrafa com um quarto de saquê na outra. Parece deprimente mas não é!
Estou chorando. Parece deprimente mas não é. Juro!
O choro é de felicidade. De vida transbordando por todos os meus poros.
Tudo bem, foram 5 garrafas de saquê em um grupo de 7 pessoas. Só que não é isso.
Cantei tanto, sorrí muito. Realizei.
Cada dia que passa eu tomo mais consciência de mim. Tenho uma doença que afetou a vida de meu pai, de minha avó e de minha bisavó. E não tenho mais vergonha ou resignação diante dela. Não sou maldita por isso! Posso reagir, mesmo que seja com remédios. E não tenho precisado deles. Precisando, tomarei sem problemas!
A energia para vencer e para viver está em mim. Eu posso sentí-la. Quero sentí-la!
Pode ser o efeito de muito saquê. Pode ser o resultado de tanta cantoria desafinada. Pode ser a beleza ao meu redor. O fato é que estou amando a vida e querendo que todos sintam o mesmo e possam ser plenamente felizes. Todos.

Presente de um fofo para ilustrar o astral do dia que terminará com cantoria no bairro dos nipônicos.
Semana passada eu disse para Chiclete, Chiclete que eu precisava sarar da "gripe" para começar a namorar.
Sou assim. Há que se terminar uma coisa para que outra comece plena e promissora. Terminar no sentido de esgotar.
Bem, meu corpo não está dolorido, não tenho febre e não espirro. Acho que posso determinar a abertura dos trabalhos.
Ontem eu decidí abrir uma porta e falar com meu passado. Afinal, ele foi tão bacana.
Alguns hábitos iguais. Outros diferentes. Aparentemente, pelo menos.
Cuidado extremo com as palavras.
Tudo resumido em um grande estranhamento que talvez passe com o tempo.
E fechamento com chave de ouro já que conseguí vislumbrar coisas boas nesse rápido presente que justificam tudo que foi feito no passado. Isso tem valor. Muito.
O mais importante é que decidí falar com meu passado e acabei falando com um rápido presente. Meu passado ficou para trás e não há como falar com algo que não existe mais. Não existe e eu não quero recriá-lo.
Eu só quero o que o futuro me reserva. E o futuro começa em um minuto. Tô atrasada!

Tuesday, May 15, 2007

Desde sábado eu carrego uma coisa meio estranha. Não é melancolia porque eu nem deixo que vire.
É um vaziozinho. Ou não.
Talvez seja o contrário de um certo calorzinho que já sentí. Uma coisinha estranha e talvez um pouco dolorida.
No diminutivo não porque seja insignificante mas sim porque é delicado.
A-C-A-B-O-U!!!!!

Monday, May 14, 2007

Chiclete, Chiclete me surpreendeu.
Ganhei um livro muito engraçadinho: Horóscopo para Gays e Lésbicas.
Adorei!
O melhor são as combinações que o livro sugere.

Friday, May 11, 2007

Pode ser o primeiro.
Pode ser o último.
A beleza e a tristeza residem nessa incerteza.
Estava procurando um email relacionado ao trabalho de hoje. Apertei a seta que me levou para a última página. E lá estava ele.
No dia 11 de maio de 2006 eu recebí um email que já tinha sido enviado antes. Na verdade ele foi re-enviado para ser arquivado e continha uma recomendação do tipo para guardar para sempre.
Curioso. Hoje é dia 11 de maio de 2007. Guardei até hoje e ainda não tenho intenção de apagá-lo.
As cores do outono são lindas.
As roupas do outono são belas.
O apetite do outono aumenta.
De fato, minha estação favorita.
NOTAS DE UMA MENTE COM LEMBRANÇAS - As matinês de domingo

Bom passar a infância e a adolescência numa cidade menor.

Os quarteirões entre o Gonzaga e o Boqueirão foram meu cenário principal. E num desses quarteirões eu comecei a frequentar as deliciosas matinês de domingo.

A turma da escola. Os conhecidos da natação. Frequentadores do Posto 5. O universo mínimo que parecia infinito se encontrava quase em frente a praça Independência.

Por volta das 14h30 a fila já era grande. Exatamente às 15h a brincadeira tinha início.

O lugar era grande e possuía vários ambientes e pistas em níveis diferentes. Telões, gelo seco, luzes e muito barulho. A inocência era tanta que o convite de entrada dava direito a um refrigerante.

Por volta das 17h30 a bagunça dava lugar a uma grande calmaria. As luzes cessavam e a música diminuía o ritmo. Hora das músicas lentas. Hora de Dire Straits em Your Latest Trick.

Quando ouço o saxofone dessa melodia sempre me recordo daquelas tardes. Me recordo das pistas vazias e dos corredores cheios de crianças tímidas e amedrontadas.

Todos queriam dançar mas ninguém tinha coragem de ser o primeiro. Imagino o peso para os meninos. Depois de quase um ano a pista começou a ser ocupada na sessão dois prá lá dois prá cá.

Thursday, May 10, 2007

Confesso que para algumas coisas eu pareço criança. Acho que nesse caso específico a culpa é do meu pai.
Gosto dos carinhos e afagos de aniversário. E esse ano a celebração foi longa, tendo fim na segunda-feira.
Quarta-feira eu ganhei mais presentes. E gostei.
Quinta-feira eu fui informada por Chiclete Chiclete que ganharei mais presente. Só não conseguí saber o quê! De novo a coisa da criança e a vontade de saber logo do que se trata.
Tenho certeza que gostarei porque a simbologia tem mais importância do que o objeto.
O São Paulo perdeu e confesso que não estava torcendo contra. Tantas pessoas queridas torcendo a favor que não conseguí furar a maré.

E nós duas não estávamos juntas no estádio! Não foi culpa do histórico de pé frio.

Deixando de lado os pensamentos emotivos que sempre me voltam, lí uma frase na torcida do Grêmio que adorei: "treino é jogo e jogo é guerra".
Tudo começou com o jogo do Santos na tv.
Nada de som para atrapalhar as conversas mas confesso que continuo a mesma de sempre. Não consigo desviar o olhar por muito tempo. Ainda mais com o placar desfavorável.
Entre sorrisos e encontros, vez por outra meu pé chutava uma bola imaginária. Vez por outra eu olhava. Discretamente eu olhava.
Meu time ganhou e eu continuava olhando. Vez por outra eu olhava.
Essa noite ou madrugada eu tive uma das conversas mais bizarras dos últimos tempos. Gostosa.
O frio é tão bom quanto a sensação da noite. Uma vontade de aconchego.

Tuesday, May 08, 2007

No meu passeio pelos corredores de livros achei um material interessante.
Desenhos eróticos. Nada de histórias pornográficas. Só desenhos estilizados de mulheres nuas.
Muito bonito.
O sorriso com as sardas.
As brincadeiras seguidas de longos olhares.
Eu continuo me perguntando como eu não tinha reparado nisso antes. E continuo respondendo que eu já tinha reparado, só não tinha coragem de aceitar isso. Será?

Monday, May 07, 2007

Tô melhorando...
Feriado na água e no sol.


Depois de tanta bagunça um pouco de calma e de pizza portuguesa.

O primeiro parabéns do dia foi o mais cuidadoso.
07h30 da manhã.
Bom saber que tinha alguém pensando em mim tão cedo.

O mais surpreendente foi de um colega de serviço. Coisas profundas de uma fonte inesperada.

O que me fez chorar veio no meio da manhã.
Primeiro uma ligação gentil. Depois um email doce e cuidadoso.
Sonhos lindos e impossíveis.

O último veio na minha carona pós pizza.
Pessoa boa. Vibração boa. Mesmo sendo Chiclete, Chiclete.

Foram muitos. Foram especiais.
E depois de 4 dias, só tenho o que agradecer. Tanto carinho, tanta diversão e tanto afago.
Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda bossa é nova e você não liga se é usada
Todo carnaval tem seu fim
Todo carnaval tem seu fim

E os 4 dias de comemoração pelo meu aniversário chegaram ao fim.
Final de gala, clássico para poucos e queridos.

Sunday, May 06, 2007

É oficial.
Hoje teve fim meu inferno astral. E não poderia ter acabado de uma forma melhor.
Mais presentes.
Meu cachecol alvinegro está preso na janela.
E o sorriso continua no meu rosto.
Ressaca devidamente conquistada.
Nada de arrependimentos.
Conseguí comer alguma coisa por volta das 16h quando o pessoal chegou em casa e meu estômago parecia ter se acalmado.
Sequência da celebração.
Joguei minha moeda na fonte dos desejos. Não fui a única.
E para terminar ou talvez para começar, voltei ao simples que sempre me agrada.
Pão com manteiga e chocolate gelado. Padaria cheia no fim da madrugada.
Céu azul e laranja. A combinação perfeita que deixa o início da manhã uma ocasião tão bela.
Cantei.
Bebí.
Ganhei presente. E mais presente.
Recebí carinho. Muito.
Sorrí demais.
Falei com estranhos como se fossem velhos conhecidos.
E brinquei com os conhecidos estranhos.
Sábado fez sol.
Escutei muita música. Boa música e nem tanto.
Dancei e saí para comemorar.
Sexta-feira estava nublado.
E fez frio.
Parecia a chegada de uma frente de melancolia.
Ela não chegou.
Comecei a comemorar.

Friday, May 04, 2007

E vamos a última sexta-feira com essa idade. De encontro ao final do meu inferno astral.
Inferno este que me foi muito generoso. Até ganhei presente. Presente!
Pode ser o último.
Pode ser o primeiro.
Nunca se sabe. Por isso deve ser sempre o melhor.

Thursday, May 03, 2007

Hoje a beleza estava num sorriso lindo no meio de algumas sardas.
Tanto tempo alí e eu fingindo que não via.

Wednesday, May 02, 2007

Sempre quis dormir em uma nuvem. E pensei se faria frio.
Será?
A beleza anda espalhada por aí. É necessário abrir os olhos.
Sexta ela andava pelo cinema. Proibido probir.
Sábado ela me tocou. Mais de uma vez.
Domingo...ah, domingo!
Segunda ela tomou meus ouvidos e toda a minha atenção.
Terça eu deitei no seu colo e sorrí. Calmamente.
Mais uma sessão.
Desde que re-comecei só faltei a uma. Tive motivos apesar de ter sido um desperdício.
Percebo as diferenças. Entendo algumas coisas. Posso mostrar mais ternura comigo mesma.
Sou capaz de ser o centro do meu mundo. Mais. Sou capaz de querer ser o centro do meu mundo.
Pela terceira noite consecutiva eu acordei por volta das 03h da madrugada. Motivo?
Não sei.
Só que hoje eu acordei e tudo doía. Atropelamento? Fibromialgia?
Não. Saúde, alegria e muito ácido láctico.
Duas horas de wakeboard ao sol e mais duas horas de fut ao forró (!). Sim, tinha forró que eu detesto mas isso não me atrapalhou.
Churros, pizza e Coca Cola.
Me sinto como uma criança extremamente satisfeita.