Saturday, March 22, 2008

O feriado chegou e não fui viajar.
Semanas se foram e não incluí novas pessoas no meu círculo de convivência.
Nada de imagens novas. Nem pensamentos frescos.
Isso é ser conservadora. Ou inerte porque no fundo dá na mesma.
Sinto inveja da menina com botas curtas e meias longas. E ela sabe disso.
22 de março de 2008.
Ainda na cama, tentei lembrar o que fiz nesse mesmo dia de 2007. Os pensamentos ficaram confusos. Eventos marcantes que fixam algumas datas. Só que minha mente falha.
Dois mil e seis. Pior. Dois mil e cinco. Nada, mesmo com esforço. Lembro de sábados de Aleluia e de beijos fortuitos. Adolescência e infância mas nada do calendário fixo na minha cabeça.
O que me vem a cabeça são memórias ligadas às datas comemorativas e lembro dos sentimentos nessas datas.
O calendário não significa muito e nesse caso acho que a ampulheta se prestaria a melhor papel. A areia que se foi e a areia que ainda vai. Já o tempo do calendário, esse parece só existir para nos afligir mostrando o tempo que se esgotou sem que nada se alterasse.
Fazer parte da ficção parece um sonho bom. Manter-se concentrada na visão maniqueísta ajudaria a resolver os meus conflitos pessoais.
O que mais uma situação pode significar além da minha primeira impressão? O exercício cognitivo me pede para responder essa questão e eu tento mas há momentos que me canso e prefiro pensar da forma mais simplista possível: uma coisa é ou não é.
Um pouco de mim mesma. O quanto de verdade queremos saber? O quando de verdade conseguimos perceber? O que é possível suportar?

Tuesday, March 11, 2008

Tulipa. Não a flor e sim o copo fino na parte de baixo e largo na parte de cima onde se costuma servir chopp.
Assim era o rapaz de bermuda amarela e camiseta branca. Faltaram as gotas de "suor" no colarinho. Aquelas pernas finas com o tronco hiper desenvolvido, sabe-se lá com quantos pesos e quantos anabolizantes.
ONDE É QUE VAMOS ANDAR PORQUE PARADOS JÁ ESTAMOS II

Estimular a carona, diminuir o fluxo de pessoas em algumas estações de Metro liberando a integração gratuita em mais estações, sincronização de faróis, diminuir o valor da bandeira de táxi.
Tenho certeza que se um concurso entre estudantes de arquitetura e engenharia fosse promovido, uma série de iniciativas viáveis de curto e médio prazo seriam levantadas só que nada disso é feito. Pelo contrário, de acordo com a CET, o paulistano terá que se conformar com mais tempo gasto no trânsito.
Faça isso. Conforme-se com esse absurdo ou exija respeito do serviço público. Cobre um projeto de melhoria detalhado dos candidatos a prefeito dessa cidade. Use esse momento para deixar bem claro que você está farto de perder tanto tempo, paciência e saúde no trânsito dessa cidade cada vez mais infernal.
ONDE É QUE VAMOS ANDAR PORQUE PARADOS JÁ ESTAMOS


Nas duas últimas semanas meu caminho não ficou mais longo. Ficou mais demorado. Muito mais.
A primeira vez foi por causa de um tal acidente na marginal. No dia seguinte foi um apagão que pegou parte da zona sul apagando faróis até a Paulista. Depois foi uma chuva e as desculpas começaram a ser repetidas. Hoje foi um furto que deixou os faróis da Augusta apagados.
A questão é mais simples do que essa quantidade enorme de justificativas furadas. Um pouco de aritmética e um pouco de física: dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.
O número de carros novos nas ruas de São Paulo só cresce. Novas linhas de Metro não saem do papel. O paulistano típico é o maior filho da puta egoísta de que se tem notícia e não dá carona para ninguém. A CET não é um empresa de engenharia e sim uma fonte de arrecadação
O drive do cabo de transmissão de dados não ajudou. A &@**a do mac address do pc host não pode ser clonado para o notebook. A merda do roteador ficou piscando sobre a mesa mas a rede wi-fi que estou usando continua com um olho de vidro e uma perna de pau.
A dor e a delícia da tecnologia.

Tuesday, March 04, 2008

Assisto ao jogo do início ao fim.
Começo com esperança e pensamento positivo. Metade do jogo, placar favorável mas o pensamento positivo foi substituído por uma irritação inimaginável. Displicência, erros dos menos experientes, erros dos mais experientes e meus ombros doem de tanta tensão.
O jogo termina e o Santos vence. Resultado desejado mas não me divertí nem metade do que merecia. Na verdade, me divertí por dois minutos contando o gol e um lance mais bonito.
Existe alguma razão que explique essa paixão?
Idéias ou coisas nas quais acreditamos sem questionar porque elas simplesmente são. Mais uma vez o tema das crenças.
Uma vida de causalidades. Consequências interligadas.
E se as coisas não forem assim? Se não houver qualidades comparáveis para se avaliar pessoas ou coisas?