Tuesday, May 27, 2008

Deixei o escritório o mais cedo que pude. Tentei me desvencilhar dos pesos. Academia, esteira e um pouco de suor deveriam ajudar.
Deveriam mas o vai e vem de gente e o defeito na minha chave com treinamentos não me deixou baixar a guarda.
Tv e internet. Li um pouco. Escrevi sobre várias coisas e de forma desconexa.
Tentei comer e me vi trancada.
Quase uma crise de ansiedade. Ou de fúria. Desânimo.
Não quero ninguém me dizendo como devo fazer as coisas. Não quero me pegar tentando fazer as coisas corretas. Por que correto? Ninguém é correto e eu quero ser tão incorreta como todo mundo. Eu quero ser muito incorreta.
Essa novela da Record sobre mutantes é a melhor coisa da tv brasileira nos últimos tempos.É tudo tão bizarro que supera qualquer coisa da teledramaturgia fantástica. E o melhor de tudo não são os efeitos especiais ou a trama intrigante. O fino da produção são os diálogos. Uma fala mais surreal que a outra, sempre interpretadas com um talento ímpar.
Me culpo sempre que não sigo a minha intuição e por conta disso caio na cilada mais previsível do mundo.
Aquela coisa que eu não queria fazer mas que fiz, resultando num desprazer desnecessário.
Coincidência. Será?
Ontem escreví sobre as coisas do futebol que não são decididas dentro daquele retângulo verde e veja o destino do técnico Leão.
Chegou ao time na última hora. Formou um arremedo de time com jogadores como Evaldo, Betão e Marcinho Guerreiro. Enfrentou resistência dentro da equipe e seguiu em frente. De quase rebaixado a quase classificado no Paulista. De saco de pancada às quartas de final da Libertadores
Caiu depois de Flamengo e Cruzeiro. Junto com São Paulo. Contando com Betão na lateral.
Perfeito? Não.
Culpado. Também acho que não.
Mais de 170 milhões de receita com a venda de Robinho e companhia viraram mais de 60 milhões em dívidas.
Mais de 24 milhões em dois anos de comissão técnica do antecessor de Leão para dois títulos paulistas. Fora as contratações absurdas que nunca renderam nada.
Leão culpado? Tenho CERTEZA que não.

Monday, May 26, 2008

Infrações similares e penas distintas. Performances iguais e coberturas ou adjetivos diversos.
Campeonato paulista, carioca ou Copa das Confederações.
Muda o cenário, mudam as cores mas parece que não muda o chororô. Será o chororô uma chatice dos derrotados ou aquilo que resta aos injustiçados?
No final das contas, gosto mesmo da aflição que sinto, do êxtase do gol e do alívio ao final da partida. E queria ser como antes, sem pensar nas coincidências e nas razões que existem antes mesmo do jogo começar. Queria isso mas o futebol anda tão feio e os bastidores andam tão em evidência que jogo sim, jogo não, me lembro daquilo que torço para não existir.
Bem, uma das coisas que de vez em quando me questiono é o quanto existe de razão nos meandros da emoção gerada pelo futebol. Acho que isso não ficou muito claro e vou tentar ser mais clara.
Depois de 38 rodadas de um campeonato "x" que declara como vencedor o time "3", o quanto existe de talento, vibração, emoção, sorte e o quanto existe de fatores racionais, financeiros, políticos e afins?
Nunca fui adepta das teorias da conspiração como aquela propagada aos sete ventos após o fiasco da Copa de 98 mas, confesso que depois de escândalo do apito, dos problemas pré 2006 descobertos na Itália e de outros tantos acontecimentos estranhos, já não sou tão fervorosa assim na minha opinião.
Imprensa esportiva, redes de tv, grupos financeiros encabeçados por empresários...são tantos interessados e tantos interesses maiores (?) do que um gol que realmente começo a aceitar o questionamento sobre a legitimidade do time "3", vencedor do campeonato "x".
Dentre tantos esportes conhecidos, e de forma nada inovadora nessa pátria de chuteiras, o meu favorito é o futebol. Sim, senhoras e senhores, o esporte bretão conhecido como futebol.
Além de ter esse gosto tão popular, tenho uma característica não tão comum assim, tampouco incomum o suficiente para ser chamada de rara. Minha memória para fatos e imagens esportivas.
Já pensei em fazer algo de útil com isso mas concluí que preciso fazer algo de inútil para compensar as 9 ou 10 horas gastas num ambiente herméticamente fechado.
Assim sendo, além de fazer as anotações sem disciplina ou roteiro que me chegam de tempos em tempos, vou começar a anotar os meus pensamentos sobre o futebol ou qualquer outro esporte que me desperte paixão em um dado momento do dia.
Não sei se já mencionei isso antes mas gosto muito de esportes. Principalmente, aqueles chamados coletivos. Mas não só os coletivos e nem todos os coletivos.
Quase me arrisco a dizer que gosto mesmo é da competição que alguns esportes nos proporcionam acompanhar.
Os avisos de trânsito astral dão conta de conflitos entre o desejo de diversão e a necessidade de trabalhar. Além disso, falam também de uma certa agressividade acentuada até o dia 28.
Tudo combina com o meu estado de espírito de hoje. Seria depressão pós feriado mas o estado já era esse na quarta passada. E na terça, segunda e...
O melhor nessas fases é tentar se encostar em algo para evitar o conflito que se aproxima. Trabalho com o iPod no ouvido, buscando fazer coisas que não requeiram contato social ou grande esforço. Na hora que a fase passar, voltarei aos grandes planos e aos projetos que exisgem disciplina.

Saturday, May 17, 2008

Meu brinquedo novo é muito divertido. O presente mais legal dos últimos anos.
Skate longboard com mais de um metro. Madeira sem tinta e sem lixa. Classicão. Lindo de morrer.
Hoje me aventurei no Villa Lobos. Tarde de sol e um pouco de frio. Achei uma pista de corrida pouco usada com um leve declive. Foi lá que gastei meu tempo aprendendo a me equilibrar de diversas formas. No final da pista, virando a esquerda, um declive mais acentuado. Criei coragem e repetí a descida umas 7 vezes.
Apesar do cansaço, terminei a tarde satisfeita como uma criança.

Monday, May 12, 2008

O inverno promete. Os dias de outono têm sido frios e chuvosos além da conta.
Talvez por estar numa segunda-feira fria, chuvosa e com intoxicação, sinto uma melancolia ancestral.
Ostras. Ostras e peixe crú.
Gosto dessas opções para uma refeição. Talvez eu goste além da conta.
Podem ter sido as ostras mas o sashimi também não estava descendo tão bem. E na semana anterior eu já tinha passado mal por conta da comida japonesa.
O fato é que o estrago foi grande e a intoxicação me derrubou.