Wednesday, February 29, 2012

Loucura

No meio dos meus pensamentos eu me perco às vezes e acabo concluindo que sou desequilibrada ou como é mais corriqueiro dizer, sou louca.
Ser humano egocêntrico.
A grande verdade é que não sou tão especial assim em termos de loucura. A vida me apresenta uns personagens muito mais insanos do que eu. Gente com transtorno grave de personalidade com ciclos que podem durar minutos ou anos. 
É sério mesmo. 
Aquela pessoa que te conta um drama de proporções épicas num minuto e que horas depois não se lembra do que falou e ri histéricamente quando te mostra uma foto de celebridades no Carnaval. Alguém que te chama pra perto e que depois te afasta meio que surpreso por estar ao lado de uma desconhecida de anos que no caso sou eu. Gente que gosta de acumular coisas e pessoas que parecem coisas mesmo não tendo espaço ou utilidade para nenhuma das duas coisas.
Na linguagem cotidiana loucura atua como sinônino de várias palavras. 

Monday, February 27, 2012

O terceiro foi aquele que a Tereza deu a mão

O sono da madrugada anterior me fazia tanta falta que larguei o Skype e a TNT deixando o Oscar pra outras pessoas que não precisassem tanto dormir como eu.
Eu precisava dormir. E dormi. Muito bem, obrigada.
Sonhei com um quarto novo e com a chegada de três meninas que conheço de fato. Elas vinham de algum acontecimento numa praia e estavam cansadas. 
A primeira que é com quem eu menos tenho intimidade tinha o cabelo preso no alto, usava um moleton preto e sentou-se exausta no chão ao lado da minha cama.
A segunda que é justamente a que eu tenho amizade usava camiseta branca e sentou ao pé de mim, na beira da cama.
A terceira que eu acho muito simpática também usava camiseta branca. Ela decidiu deitar-se ao meu lado e assim o fez, se protegendo com o edredon que me cobria. Como ela insistia em ficar muito próxima de mim eu levantei e apanhei um moleton cinza no armário. Ele tinha capuz e eu levei pra ela dizendo que sabia que ela sentia frio. Recebi um sorriso de volta e ajudei-a a se vestir
Deitei de novo e de novo recebi um abraço de concha. 

Friday, February 24, 2012

A noite passada eu não sonhei com você. Na verdade, tive pesadelos.
Detesto vitamina de mamão com linhaça. Eu gosto é de Coca Cola normal com muito gelo, por favor.
Hoje o Skype e o celular não param. Tudo que eu queria era ficar quietinha e me perder no fantástico mundo de Bob.



Thursday, February 23, 2012

"A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero"

Eu vi a imagem de alguém desesperado. Fiquei profundamente tocada. 
Quis ajudar. Procurei em mim alguma coisa que pudesse ser dada assim como procuramos por uma distração ao ver um bebê chorar. Só tinha a roupa no corpo e não me ocorreu como qualquer uma das peças melhoraria aquela situação. Cogitei falar algo que desse alento, mas tudo soava estupidamente estéril. Me envergonhei e não tive coragem de falar do tempo, dos ciclos da vida ou da grandeza de possibilidades que a energia do mundo carrega. Para cada pensamento apressado e salvador que eu tinha havia um olhar repleto de uma verdade dolorida que me calava.
Eu vi os olhos de alguém sem esperança. Alguém que não buscava palavras. Alguém louco por um fato, um brilho, um símbolo de tempos melhores.
Fechei os meus olhos. Acho que por medo. Rezei em silêncio, mas não sei por quem.


* Victor Hugo é o motivo das aspas no título

Record Club

Eu curto o projeto e tudo, mas quem me pegou pelo...ah, estômago vai, foi essa versão. 
Coisa mais sexy.


Você tem medo de quê?

Muitos anos atrás meu pai teve um AVC. Estranhei ver o meu irmão na porta do curso de inglês, mas não desconfiei na hora. Ele foi cuidadoso e só quando estávamos perto do hospital é que ele me avisou que teríamos que fazer uma parada rápida porque nosso pai tinha passado um pouco mal e estava internado por conta do tal derrame.
Meu grande medo era ver meu pai sem sua lucidez, seu pensamento extremamente veloz, sem uma de suas duas super qualidades, a inteligência que disputava arduamente com sua generosidade.
Acho que eu quase corria pelos corredores e quando o vi deitado no meio de enfermeiros e aparelhos tive vontade instantânea de chorar. Me aproximei e ele estava fazendo uma conta em voz alta. Somando, dividindo e passando o resultado certo para a enfermeira. Eu sorri chorando
Eu tinha medo de ver a inteligência do meu pai presa num corpo que não soubesse expressá-la.
Meu pai já partiu. Outros medos ficaram por aqui.



Wednesday, February 22, 2012

Oh quanto riso

Noite de terça na Track Towers me lembrando que eu já gostei muito de pular Carnaval. Mais um pouquinho e eu lembraria que já gostei muito de outras coisas também.

Friday, February 17, 2012

Pra quem pode ou precisa escapar


By Matthew Kavan Brooks

O saco de pipoca doce

Praia, praia e mais praia. Um chapéu de sol no comecinho da vida, fino e com duas únicas folhas verdes para fazer alguma sombra. Eu olhando, olhando e olhando sem saber o que procurar. Certamente não procurava a camiseta ou a parte de cima do biquini já que andava com o shortinho do pijama e peitos al aire sem muita preocupação. Não que não houvesse nenhuma preocupação. Havia, tanto que eu carregava dois sacos de pipoca doce, daquele tipo pink que são vendidos em botecos, para proteger os peitos, mas era algo quase despreocupado.
Perto de casa a areia era muito branca e o mar estava à minha direita. Meus braços iam ao longo do corpo, mas ainda carregavam os dois sacos de pipoca doce. Parecia luz da manhã e eu via barcos ancorados. No meio deles havia um movimento rápido e parei para apurar os olhos. Era um iate grande e rosa que quase voava perto da linha do horizonte. Não era pink como os sacos de pipoca, mas era rosa. Um rosa queimado se é que essa cor existe. Olhei e não vi nenhuma menção a Sula Miranda. Acordei.

Thursday, February 16, 2012

A favorita

Essa ganhou (como seu houvesse um campeonato secreto entre as faixas de cada álbum).


Na padaria e na lua

Eu precisava de um abrigo para entrar no Skype e falar com o pessoal da agência tranquilamente. Ademais, depois da consulta médica e antes do jogo, sentar na padaria me parecia melhor opção do que voltar pra casa.
Estava na região e escolhi a Bella Paulista. Pra que fique claro qualquer viés que surja nas próximas palavras, eu adoro pão. Certamente, esse é o motivo para não gostar da famosa padaria que fica na Haddock Lobo. Ela é grande, bem iluminada, cheia de opções, fica aberta na madrugada, mas seu pão francês é uma porcaria. Simples assim, o pão nosso de cada dia feito naqueles fornos é uma lástima e afirmo isso sem remorso algum depois de ter tentado mais de 10 vezes, todas sem sucesso. Acho que era o caso de trocar o nome de padaria pra lanchonete e minha simpatia por eles mudaria completamente.
Sentei numa mesa do salão próxima da janela e do buffet de sopas. Dei mais uma chance para o pão francês com manteiga, fora da chapa, mas não vou me repetir nesse assunto. Fui atendida por um rapaz simpático que usava óculos com  uma dessas armações marcantes. Ele tentava trabalhar com eficiência, mas perdia a concentração à medida que olhava as mesas cheias de personagens interessantes ou não. Imaginei que era um sonhador e que teria milhares de estórias pra me contar.

Tuesday, February 14, 2012

Feliz aniversário

Hoje foi o aniversário da minha melhor amiga de infância. 
Estudamos juntas da segunda até a oitava série quando ela mudou de escola. Frequentávamos o mesmo clube, íamos na matinê todo domingo e no auge da nossa adolescência eu topava andar da posto 5 ao posto 2 para ela ver o paquera na praia. 
Vim para São Paulo fazer faculdade, ela se casou com um ex ficante meu e nos perdemos daquele tempo de unha e carne. O lado bom de ter memória é lembrar de histórias tão antigas e ainda guardar com carinho uma data de aniversário de uma pessoa que não vejo há anos.

Monday, February 13, 2012

CéU

Confesso que eu curto essa coisinha de bolero. 
O novo trabalho da CéU é muito bom e um alívio pra mim que nunca gostei de Vagarosa.
Baile da Ilusão numa disputa pau a pau com Chegava em Mim pra ver qual é a melhor faixa do CD.




Sunday, February 12, 2012

Receita de bolo

Não sei se é o tempo em que vivemos ou se sempre foi assim. Existe toda uma sorte de boleiros - profissionais, mães e amadores - prontos para lhe dar uma receita de como fazer a coisa certa.
Queria conhecer uma pessoa que estando com sede não busque a água que está ao alcance de seus olhos ou que castigado e enfraquecido pelo sol não deseje a sombra. Alguém que tenha medo de se afogar e não tente alcançar uma tábua de salvação ou que tendo conhecido muita felicidade numa situação não tente perpetuá-la ou mesmo repití-la.
Meu bolo favorito é o de fubá. Já comi muitos pedaços e de vários boleiros diferentes. Os melhores foram preparados sem receitas, por pessoas que simplesmente sabiam o que estavam fazendo. Conheciam os ingredientes, as medidas, os segredinhos e o tempo certo de preparo. 

Saturday, February 11, 2012

TPM

Na data de hoje reconheço que sofro de crises terríveis de TPM. Passei dois dias miseráveis e acho que seja a hora de buscar uma solução já que ninguém nasceu pra ser infeliz, mesmo que só por dois dias.

Sono bom

Dormir com aquele barulhinho de chuva foi restaurador.
Aprendi um exercício novo que pode ser feito a qualquer momento, mas que no meu caso será usado sempre que o corpo estiver cansado demais para sustentar minha meditação. Consiste em deitar-se, colocar a mão sobre o coração e perceber o que acontece naquela região. Se está quente ou frio, se existe espaço, se surge alguma emoção. 
Com a chuva caindo e a atenção lentamente se concentrando no meu peito, encontrei o sossego. Depois foi só dormir em paz.

Friday, February 10, 2012

Animação

Eu queria fazer uma animação em preto, vermelho e branco. 
Diferentes formas brancas cairiam dentro do preto e aos poucos seriam absorvidas até que restasse apenas um negrume absoluto. O movimento se repetiria enquanto o tempo transcorresse. Devagar, uma forma vermelha começaria a ser vista e cairia no preto. Diferente do branco, o vermelho não se fundiria com a ausência de luz e ficaria ali a vista de todos. Incomodando e agradando.

Tuesday, February 07, 2012

Allah lá ô

Saudade mau de amor, de amor.
Saudade dor que dói demais.

Monday, February 06, 2012

Filosofia de AXN


"A adversidade é como um vento forte. Arranca de nós tudo, menos o que não nos pode ser tirado, de maneira que nos vemos exatamente como somos" by Arthur Golden.

O que ficou pode ser frágil, pode ser desconhecido, pode estar num lugar trancado, mas nem o vento forte foi capaz de arrancá-lo que é para que você não se perca de sí.


Wednesday, February 01, 2012

Peter, Bjorn and John

Ótimos vídeos do Gimme Some que eu adoro.