Friday, February 17, 2012

O saco de pipoca doce

Praia, praia e mais praia. Um chapéu de sol no comecinho da vida, fino e com duas únicas folhas verdes para fazer alguma sombra. Eu olhando, olhando e olhando sem saber o que procurar. Certamente não procurava a camiseta ou a parte de cima do biquini já que andava com o shortinho do pijama e peitos al aire sem muita preocupação. Não que não houvesse nenhuma preocupação. Havia, tanto que eu carregava dois sacos de pipoca doce, daquele tipo pink que são vendidos em botecos, para proteger os peitos, mas era algo quase despreocupado.
Perto de casa a areia era muito branca e o mar estava à minha direita. Meus braços iam ao longo do corpo, mas ainda carregavam os dois sacos de pipoca doce. Parecia luz da manhã e eu via barcos ancorados. No meio deles havia um movimento rápido e parei para apurar os olhos. Era um iate grande e rosa que quase voava perto da linha do horizonte. Não era pink como os sacos de pipoca, mas era rosa. Um rosa queimado se é que essa cor existe. Olhei e não vi nenhuma menção a Sula Miranda. Acordei.

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