Thursday, October 20, 2011

Estou tão perdida que acordei na madrugada passada sem saber onde estava. Tive que tocar a parede com as mãos para me sentir em algum lugar sólido, com proteção.
Hoje o meu Mestre dos Magos disse que quando sentimos medo de um cachorro, por mais que tentemos disfarçar, ele percebe. Percebendo, seu instinto de sobrevivência solta um alerta para que ele decida rapidamente se a pessoa com medo vai fugir ou vai lutar. Então, na maioria das vezes, o cão ataca.
Quero contrariar a socialização da minha natureza. Não quero mais ser gentil, protetora, tolerante com os erros de quem amo, acho que nem quero mais amar ninguém além da minha mãe e da minha cachorra. Não quero mais andar com o rabo no meio das pernas até que meu respeito próprio se esvaia e eu não tenha brios nem para lutar.
Quero minha força de volta, mesmo que ela venha com toneladas de raiva. Quero que a dor que eu sinto seja sentida em dobro por qualquer um que me machuque. Sem poupar ninguém porque essa ideia de poupar alguns é pura covardia disfarçada de afeto. Medo de não ser merecedora. Merecedora do quê? A única coisa que eu garanto que não sou merecedora é dessa merda que jogaram em mim.
Chega. Meu limite foi ultrapassado e quando não há nada a se perder, não é preciso sentir medo de perder nada. Que a raiva venha e expulse qualquer fraqueza de mim.

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