Saturday, October 22, 2011

Eu assisti um filme esse fim de semana que poderia se chamar A Vagabunda.
A vagabunda era tão dissimulada quanto essas vilãs de novela das 8. Se fazia de doce, de boazinha, de preocupada, mas era um modelo de ordinária do horário nobre da Globo.
O roteiro parecia forçado. Eu achei forçado.
O que dizer da moça que sai de casa toda doce e sorridente, deixando seu par com um suave beijo na testa, para jantar com os amigos quando na verdade ela foi transar por aí? Tá bom. Essa parte é bem verossímel.
E a cena da mesma moça cujo mesmo par está viajando enquanto ela leva duas pessoas em casa para fazer sexo a três? A casa era o lar do casal principal. Não é forçado? E se eu falar que o cara broxou e que a aspirante a Bruna Surfistinha não teve vergonha nenhuma (na verdade ela achou muita graça) de contar essa história para a amante que não era uma das pessoas do ménage? Você ainda acha esse roteiro normal?
Acho essa estória muito ruim. A moça foi confrontada pelo seu par. Aí ela abusou com suas expressões faciais, exclamações e indignação latente negando qualquer um desses atos. Canastrice no último!
Em paralelo, a moça também flertava com um personagem com cara de sujo, de porco mesmo. Ficou implícito que a coisa rolava há muito mais tempo. Eles se encontravam numa casa que ficava num bairro longe e que tinha cachoeira. Rolava uma sacanagem.
Daí você deve estar exclamando, é claro que rolava sacanagem há mais tempo! Você foi assistir um filme pornô! É claro que só rolava sacanagem e baixaria.
A sinopse dizia que essa merda de filme era romance.
Bom, em algum momento esse arremedo de romance tinha que me mostrar alguma coisa melhor. Sim, teve o plot point.
O par banana. Esse par era tão ruim quanto a putinha. Convenhamos, passar por tudo isso e ficar choramingando pelos cantos, achando justificativas para a vilã. Nem a Rutinha faria isso.
Pois bem, coube ao par fazer a última parte do romance-pornô-pastelão. No melhor estilo Dogville, o par se vingou de cada um deles. Da amante que sempre fora bem tratada e respeitada, do porco e da mau caráter principal que ficou com o peso de ter sido responsável pela desgraça dos dois envolvidos. O broxa foi poupado, mas não me perguntem o motivo.
Eu recomendo fortemente, não assistam essa porcaria de quinta categoria. Para ajudá-los a manter distância dessa estória foleira eu nem falei o nome do filme.

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