Xi xi, café, chiclete
Xi xi, café, chiclete
Friday, October 31, 2003
Thursday, October 30, 2003
Tuesday, October 28, 2003
Assisti Os Vigaristas e em determinado momento o personagem do Nicholas Cage diz que existem duas possibilidades para as pessoas serem enganadas: ganância ou fraqueza.
Fiquei com isso na cabeça e sabe-se la porque, eu pensei na sabia natureza e no modelo de cadeia alimentar. Tentei imaginar se tudo fosse diferente no mar. Se a natureza nao tivesse dotado certos animais de caracteristicas tais, que o levassem a ser um predador de uma certa espécie e a caça de outras.
Nessa falta do que fazer, eu imaginei que um plancton poderia comer uma baleia, uma sardinha, uma sereia, um tubarao, uma anêmona, uma calota de carro perdida no mar. Ela poderia comer o que bem entendesse. Claro que ela também poderia ser comida. Um tubarao branco poderia ser normalmente comido por um siri ou por uma agua-viva.
Pintado o cenario de Procurando Nemo 2 - Ningém é de Ninguém, tentei imaginar o que aconteceria. A primeira coisa que imaginei foi que seria uma tensao absurda. Todo ser vivente no mar estaria sob constante pressao de ser comido ou de comer alguem. Nenhum disfarce seria bom o bastante para afastar o perigo. Um coitado qualquer como a orca, desconfiaria ate de uma tartaruga-marinha. A segunda coisa que pensei foi que, tanta procura e tanta oferta, mas sem nenhum critério de seleçao poderia acabar com certas especies, inicialmente. E depois acabaria com todas, ja que no fim poderia restar um baiacu, que sabe-se la porque comeu alguns e nao foi comido por ninguem, e uma poltrona usada, que fora jogada no mar e logo estaria desfeita.
Fiquei com isso na cabeça e sabe-se la porque, eu pensei na sabia natureza e no modelo de cadeia alimentar. Tentei imaginar se tudo fosse diferente no mar. Se a natureza nao tivesse dotado certos animais de caracteristicas tais, que o levassem a ser um predador de uma certa espécie e a caça de outras.
Nessa falta do que fazer, eu imaginei que um plancton poderia comer uma baleia, uma sardinha, uma sereia, um tubarao, uma anêmona, uma calota de carro perdida no mar. Ela poderia comer o que bem entendesse. Claro que ela também poderia ser comida. Um tubarao branco poderia ser normalmente comido por um siri ou por uma agua-viva.
Pintado o cenario de Procurando Nemo 2 - Ningém é de Ninguém, tentei imaginar o que aconteceria. A primeira coisa que imaginei foi que seria uma tensao absurda. Todo ser vivente no mar estaria sob constante pressao de ser comido ou de comer alguem. Nenhum disfarce seria bom o bastante para afastar o perigo. Um coitado qualquer como a orca, desconfiaria ate de uma tartaruga-marinha. A segunda coisa que pensei foi que, tanta procura e tanta oferta, mas sem nenhum critério de seleçao poderia acabar com certas especies, inicialmente. E depois acabaria com todas, ja que no fim poderia restar um baiacu, que sabe-se la porque comeu alguns e nao foi comido por ninguem, e uma poltrona usada, que fora jogada no mar e logo estaria desfeita.
Serviço de utilidade publica:
Publicidade
da Folha Online
Um novo virus chamado Sober, que surgiu na internet esta madrugada, pode causar alguns estragos hoje. A praga chega por e-mail e, como esconde seu codigo HTML, é ativada pela simples abertura da mensagem.
Graham Cluley, analista de segurança da empresa de antivirus Sophos, disse que em poucas horas a empresa ja recebeu uma série de denuncias de infecçoes. Segundo ele, o Sober esta se disseminando conforme as pessoas vao abrindo seus e-mails nesta manha.
O virus chega em um e-mail escrito em inglês ou alemao com um codigo malicioso em anexo. Ele usa uma série de textos, prometendo desde arquivos pornograficos até correçao para antivirus.
Uma vez ativada, a praga se instala no PC como "drv.exe", "similare.exe" ou "systemchk.exe". Em seguida ela se dissemina para todos os e-mails contidos no catalogo de endereços do Outlook. Esses e-mails usam remetentes falsos, o que dificulta descobrir de onde vem, de fato, a mensagem infectada.
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da Folha Online
Um novo virus chamado Sober, que surgiu na internet esta madrugada, pode causar alguns estragos hoje. A praga chega por e-mail e, como esconde seu codigo HTML, é ativada pela simples abertura da mensagem.
Graham Cluley, analista de segurança da empresa de antivirus Sophos, disse que em poucas horas a empresa ja recebeu uma série de denuncias de infecçoes. Segundo ele, o Sober esta se disseminando conforme as pessoas vao abrindo seus e-mails nesta manha.
O virus chega em um e-mail escrito em inglês ou alemao com um codigo malicioso em anexo. Ele usa uma série de textos, prometendo desde arquivos pornograficos até correçao para antivirus.
Uma vez ativada, a praga se instala no PC como "drv.exe", "similare.exe" ou "systemchk.exe". Em seguida ela se dissemina para todos os e-mails contidos no catalogo de endereços do Outlook. Esses e-mails usam remetentes falsos, o que dificulta descobrir de onde vem, de fato, a mensagem infectada.
Monday, October 27, 2003
Raquel me enviou e eu nem imaginava o quanto pegaria gosto por essa poesia.
Acordei com o sol. E com Pessoa na cabeça. Nao o Pessoa de outras horas, mas exatamente este Pessoa. Acho que existem outros apreciadores neste blog e vai sem aspas...
O amor, quando se revela.
O amor, quando se revela,
Nao se sabe revelar
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas nao lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Nao sabe o que ha de dizer
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estao a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica so, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que nao lhe ouso contar,
Ja nao terie que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…
Fernando Pessoa
Acordei com o sol. E com Pessoa na cabeça. Nao o Pessoa de outras horas, mas exatamente este Pessoa. Acho que existem outros apreciadores neste blog e vai sem aspas...
O amor, quando se revela.
O amor, quando se revela,
Nao se sabe revelar
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas nao lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Nao sabe o que ha de dizer
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estao a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica so, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que nao lhe ouso contar,
Ja nao terie que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…
Fernando Pessoa
Friday, October 24, 2003
No banheiro do andar onde trabalho existem 6 boxes. Todos com o mesmo tamanho e mesmas facilidades. Apesar da similaridade, eu sempre frequento o mesmo box: penultimo a direita, tendo como referência a porta de entrada.
Parece que essa insistência pelo mesmo local nao é esquisitice minha. Tem a ver com nosso instinto primitivo, tal qual os cachorros que farejam, farejam, farejam e acabam fazendo caca no mesmo lugar (ou quase o mesmo) de sempre.
Agora pouco fui ao banheiro e o penultimo box a direita, tendo como referência a porta de entrada, estava ocupado. Usei outro e meio irritada me perguntei: com 5 boxes livres, por que ela tinha que ocupar o meu? Ficou claro que aquele também deveria ser o seu box preferido. Ela também havia demarcado o lugar. Outra pergunta surgiu: sera que existia alguma caracteristica em comum entre nos, que nos levaria ao mesmo box? Resolvi tomar agua e aguardar para ver quem era a pessoa. Vi e nao pude identificar nada em comum exteriormente. Dai me veio a terceira e mais importante pergunta sobre o assunto: sera que ela lavou as maos??
Parece que essa insistência pelo mesmo local nao é esquisitice minha. Tem a ver com nosso instinto primitivo, tal qual os cachorros que farejam, farejam, farejam e acabam fazendo caca no mesmo lugar (ou quase o mesmo) de sempre.
Agora pouco fui ao banheiro e o penultimo box a direita, tendo como referência a porta de entrada, estava ocupado. Usei outro e meio irritada me perguntei: com 5 boxes livres, por que ela tinha que ocupar o meu? Ficou claro que aquele também deveria ser o seu box preferido. Ela também havia demarcado o lugar. Outra pergunta surgiu: sera que existia alguma caracteristica em comum entre nos, que nos levaria ao mesmo box? Resolvi tomar agua e aguardar para ver quem era a pessoa. Vi e nao pude identificar nada em comum exteriormente. Dai me veio a terceira e mais importante pergunta sobre o assunto: sera que ela lavou as maos??
Thursday, October 23, 2003
Wednesday, October 22, 2003
Tuesday, October 21, 2003
Monday, October 20, 2003
Mais um estudo com a ajuda do Pink e do Cérebro...
Genes determinam identidade sexual, diz estudo
10h25 - 20/10/2003
LOS ANGELES (Reuters) - A identidade sexual de uma pessoa é determinada pelos genes, o que descarta a teoria de que a homossexualidade ou a mudança de sexo sejam uma opç?o, afirmaram pesquisadores norte-americanos na segunda-feira.
``Nossas descobertas podem ajudar a responder uma pergunta importante: por que nos sentimos homem ou mulher?'', afirmou Eric Vilain, da Universidade da California em Los Angeles. ``A identidade sexual esta baseada na biologia das pessoas, antes do nascimento, e é resultado de uma variaçao em nosso genoma individual.''
A equipe dele identificou 54 genes de um rato que podem explicar por que o cérebro de um macho e o de uma fêmea funcionam de forma diferente.
Desde os anos 1970, os cientistas acreditam que o estrogeno e a testosterona eram os totais responsaveis por organizar sexualmente o cérebro. Experiências recentes, porém, indicam que os hormônios nao conseguem explicar tudo sobre as diferenças sexuais entre os cérebros dos homens e das mulheres.
Publicado na ediçao mais recente da revista Molecular Brain Research, a pesquisa também pode oferecer aos médicos uma ferramenta a mais para avaliar bebês com genitalias indefinidas.
Casos de ma-formaçao da genitalia acontecem em 1 por cento dos nascimentos, ou cerca de 3 milhoes de casos.
Usando dois métodos de testes genéticos, os pesquisadores compararam a produçao dos genes em cérebros de ratos machos e fêmeas ainda na fase embrionaria, ou seja, muito antes de os animais terem desenvolvido orgaos sexuais.
Descobriu-se que 54 genes funcionavam de forma diferente entre os sexos, e isso antes da influência dos hormônios.
Genes determinam identidade sexual, diz estudo
10h25 - 20/10/2003
LOS ANGELES (Reuters) - A identidade sexual de uma pessoa é determinada pelos genes, o que descarta a teoria de que a homossexualidade ou a mudança de sexo sejam uma opç?o, afirmaram pesquisadores norte-americanos na segunda-feira.
``Nossas descobertas podem ajudar a responder uma pergunta importante: por que nos sentimos homem ou mulher?'', afirmou Eric Vilain, da Universidade da California em Los Angeles. ``A identidade sexual esta baseada na biologia das pessoas, antes do nascimento, e é resultado de uma variaçao em nosso genoma individual.''
A equipe dele identificou 54 genes de um rato que podem explicar por que o cérebro de um macho e o de uma fêmea funcionam de forma diferente.
Desde os anos 1970, os cientistas acreditam que o estrogeno e a testosterona eram os totais responsaveis por organizar sexualmente o cérebro. Experiências recentes, porém, indicam que os hormônios nao conseguem explicar tudo sobre as diferenças sexuais entre os cérebros dos homens e das mulheres.
Publicado na ediçao mais recente da revista Molecular Brain Research, a pesquisa também pode oferecer aos médicos uma ferramenta a mais para avaliar bebês com genitalias indefinidas.
Casos de ma-formaçao da genitalia acontecem em 1 por cento dos nascimentos, ou cerca de 3 milhoes de casos.
Usando dois métodos de testes genéticos, os pesquisadores compararam a produçao dos genes em cérebros de ratos machos e fêmeas ainda na fase embrionaria, ou seja, muito antes de os animais terem desenvolvido orgaos sexuais.
Descobriu-se que 54 genes funcionavam de forma diferente entre os sexos, e isso antes da influência dos hormônios.
Friday, October 17, 2003
Thursday, October 16, 2003
O caminho feito parecia pintado a mao. Azul celeste, varios tons de verde, alguns marrons. A temperatura mais outonal do que primaveril. Nada de calor sufocante. Detalhes que anunciavam um dia calmo e perfeito.
Bons dias. Chocolate gostoso. Pao crocante.
Dai cai na realidade estafante do mundo corporativo: o servidor de Notes estava fora do ar. Meu teste de usuario dera problema e o prazo para analise e correçao era curtissimo.
Uma imensa vontade de ir andar no parque foi tomando conta de mim. Ar puro. Sol. Fui interrompida pelo telefone:os indianos querendo falar sobre o teste.
Moral da estoria: nao importa para onde você corra ou no que você pense, os indianos sempre te acharao.
Bons dias. Chocolate gostoso. Pao crocante.
Dai cai na realidade estafante do mundo corporativo: o servidor de Notes estava fora do ar. Meu teste de usuario dera problema e o prazo para analise e correçao era curtissimo.
Uma imensa vontade de ir andar no parque foi tomando conta de mim. Ar puro. Sol. Fui interrompida pelo telefone:os indianos querendo falar sobre o teste.
Moral da estoria: nao importa para onde você corra ou no que você pense, os indianos sempre te acharao.
Wednesday, October 15, 2003
Tuesday, October 14, 2003
Em 29 de abril eu publiquei este post:
Eu tenho uma lista mental de coisas que sao "extratos de vida". Chamo de "extratos", mas poderia chamar de capsulas, elixir ou qualquer coisa similar. Na verdade o nome nao importa em nada. O importante é a sensaçao. Sensaçao de vida repleta de vida.
Na imagem mental que eu criei existe um fila "no céu" e antes de nascer cada um de nos passa por varias dessas filas, abastecendo-se de virtudes e defeitos. Tem aquele que passa duas vezes na fila dos olhos bonitos, o outro que passa uma vez na fila da sensibilidade e assim vai. Uma fila pela qual todos passam é a fila da vida, onde somos abastecidos com essa força interna, um desejo pleno de viver pelo simples fato de aproveitar as coisas da vida.
Os "extratos" seriam como capsulas de vida, coisas que despertam e nos reabastecem com esse desejo absurdo de viver, sem a necessidade de voltar a fila. Explicada toda essa loucura inicial, volto a minha lista mental de "extratos de vida". Quase sempre sao coisas simples e absurdas, mas que por algum motivo me preenchem com essa vontade de viver.
Sentir a chuva batendo no meu rosto, principalmente se estiver fazendo sol e chuva.
Jogar bola com algumas amigas.
Passar alguns minutos dentro do mar olhando os peixes.
Pegar jacaré.
Ouvir o meu irmao me chamar de pivete.
Ver um arco-iris.
Brincar com um cachorro bonachao.
Deitar no colo do meu pai.
Banho de cachoeira.
Tomar sorvete com marshmallow e calda de caramelo.
Rabanada da minha mae e essa eu nem preciso comer. So de olhar eu me sinto cheia de vida.
Assistir a um pôr do sol.
Assistir a um raiar do sol.
Olhar profundamente para uns olhos brilhantes de vida.
Ver um sorriso especial e unico.
Ouvir I got you.
Minha lista vem sendo construida desde sempre e de vez em quando eu me esqueço dela. Ainda bem que o esquecimento é breve e logo ela volta, sempre com um "extrato" a mais. Na verdade descobri que, além das capsulas, podem existir coisas que irradiam essa energia constantemente. Devem ser coisas que passaram varias vezes na "fila da vida" e que so de ser, so de existir ja sao capazes de me carregar com essa energia boa.
Algumas capsulas ja nao existem mais. Outras nao tem provocado o efeito esperado. E algumas especificas tiveram seu efeito potencializado.
Eu tenho uma lista mental de coisas que sao "extratos de vida". Chamo de "extratos", mas poderia chamar de capsulas, elixir ou qualquer coisa similar. Na verdade o nome nao importa em nada. O importante é a sensaçao. Sensaçao de vida repleta de vida.
Na imagem mental que eu criei existe um fila "no céu" e antes de nascer cada um de nos passa por varias dessas filas, abastecendo-se de virtudes e defeitos. Tem aquele que passa duas vezes na fila dos olhos bonitos, o outro que passa uma vez na fila da sensibilidade e assim vai. Uma fila pela qual todos passam é a fila da vida, onde somos abastecidos com essa força interna, um desejo pleno de viver pelo simples fato de aproveitar as coisas da vida.
Os "extratos" seriam como capsulas de vida, coisas que despertam e nos reabastecem com esse desejo absurdo de viver, sem a necessidade de voltar a fila. Explicada toda essa loucura inicial, volto a minha lista mental de "extratos de vida". Quase sempre sao coisas simples e absurdas, mas que por algum motivo me preenchem com essa vontade de viver.
Sentir a chuva batendo no meu rosto, principalmente se estiver fazendo sol e chuva.
Jogar bola com algumas amigas.
Passar alguns minutos dentro do mar olhando os peixes.
Pegar jacaré.
Ouvir o meu irmao me chamar de pivete.
Ver um arco-iris.
Brincar com um cachorro bonachao.
Deitar no colo do meu pai.
Banho de cachoeira.
Tomar sorvete com marshmallow e calda de caramelo.
Rabanada da minha mae e essa eu nem preciso comer. So de olhar eu me sinto cheia de vida.
Assistir a um pôr do sol.
Assistir a um raiar do sol.
Olhar profundamente para uns olhos brilhantes de vida.
Ver um sorriso especial e unico.
Ouvir I got you.
Minha lista vem sendo construida desde sempre e de vez em quando eu me esqueço dela. Ainda bem que o esquecimento é breve e logo ela volta, sempre com um "extrato" a mais. Na verdade descobri que, além das capsulas, podem existir coisas que irradiam essa energia constantemente. Devem ser coisas que passaram varias vezes na "fila da vida" e que so de ser, so de existir ja sao capazes de me carregar com essa energia boa.
Algumas capsulas ja nao existem mais. Outras nao tem provocado o efeito esperado. E algumas especificas tiveram seu efeito potencializado.
Monday, October 13, 2003
"Seis ou Treze Coisas que Aprendi Sozinho
1
Gravata de urubu nao tem cor.
Fincando na sombra um prego ermo, ele nasce.
Luar em cima de casa exorta cachorro.
Em perna de mosca salobra as aguas se cristalizam.
Besouros nao ocupam asas para andar sobre fezes.
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina.
No osso da fala dos loucos têm lirios.
3
Tem 4 teorias de arvore que eu conheço.
Primeira: que arbusto de monturo agüenta mais formiga.
Segunda: que uma planta de borra produz frutos ardentes.
Terceira: nas plantas que vingam por rachaduras lavra um poder mais lubrico de antros.
Quarta: que ha nas arvores avulsas uma assimilaçao maior de horizontes.
7
Uma chuva é intima
Se o homem a vê de uma parede umedecida de moscas;
Se aparecem besouros nas folhagens;
Se as lagartixas se fixam nos espelhos;
Se as cigarras se perdem de amor pelas arvores;
E o escuro se umedeça em nosso corpo.
9
Em passar sua vaginula sobre as pobres coisas do chao, a lesma deixa risquinhos liquidos...
A lesma influi muito em meu desejo de gosmar sobre as palavras
Neste coito com letras!
Na aspera secura de uma pedra a lesma esfrega-se
Na avidez de deserto que é a vida de uma pedra a lesma escorre. . .
Ela fode a pedra.
Ela precisa desse deserto para viver.
11
Que a palavra parede nao seja simbolo de obstaculos à liberdade
nem de desejos reprimidos nem de proibiçoes na infância, etc. (essas coisas que acham os reveladores de arcanos mentais)
Nao.
Parede que me seduz é de tijolo, adobe preposto ao abdomen de uma casa.
Eu tenho um gosto rasteiro de ir por reentrâncias baixar em rachaduras de paredes por frinchas, por gretas - com lascivia de hera.
Sobre o tijolo ser um labio cego.
Tal um verme que iluminasse.
12
Seu França nao presta pra nada -
So pra tocar violao.
De beber agua no chapéu as formigas ja sabem quem ele é.
Nao presta pra nada.
Mesmo que dizer: - Povo que gosta de resto de sopa é mosca.
Disse que precisa de nao ser ninguém toda vida.
De ser o nada desenvolvido.
E disse que o artista tem origem nesse ato suicida.
13
Lugar em que ha decadência.
Em que as casas começam a morrer e s?a habitadas por morcegos.
Em que os capins lhes entram, aos homens, casas portas a dentro.
Em que os capins lhes subam pernas acima, seres a dentro.
Luares encontrarao so pedras mendigos cachorros.
Terrenos sitiados pelo abandono, apropriados à indigência.
Onde os homens terao a força da indigência.
E as ruinas darao frutos"
By Manoel de Barros
1
Gravata de urubu nao tem cor.
Fincando na sombra um prego ermo, ele nasce.
Luar em cima de casa exorta cachorro.
Em perna de mosca salobra as aguas se cristalizam.
Besouros nao ocupam asas para andar sobre fezes.
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina.
No osso da fala dos loucos têm lirios.
3
Tem 4 teorias de arvore que eu conheço.
Primeira: que arbusto de monturo agüenta mais formiga.
Segunda: que uma planta de borra produz frutos ardentes.
Terceira: nas plantas que vingam por rachaduras lavra um poder mais lubrico de antros.
Quarta: que ha nas arvores avulsas uma assimilaçao maior de horizontes.
7
Uma chuva é intima
Se o homem a vê de uma parede umedecida de moscas;
Se aparecem besouros nas folhagens;
Se as lagartixas se fixam nos espelhos;
Se as cigarras se perdem de amor pelas arvores;
E o escuro se umedeça em nosso corpo.
9
Em passar sua vaginula sobre as pobres coisas do chao, a lesma deixa risquinhos liquidos...
A lesma influi muito em meu desejo de gosmar sobre as palavras
Neste coito com letras!
Na aspera secura de uma pedra a lesma esfrega-se
Na avidez de deserto que é a vida de uma pedra a lesma escorre. . .
Ela fode a pedra.
Ela precisa desse deserto para viver.
11
Que a palavra parede nao seja simbolo de obstaculos à liberdade
nem de desejos reprimidos nem de proibiçoes na infância, etc. (essas coisas que acham os reveladores de arcanos mentais)
Nao.
Parede que me seduz é de tijolo, adobe preposto ao abdomen de uma casa.
Eu tenho um gosto rasteiro de ir por reentrâncias baixar em rachaduras de paredes por frinchas, por gretas - com lascivia de hera.
Sobre o tijolo ser um labio cego.
Tal um verme que iluminasse.
12
Seu França nao presta pra nada -
So pra tocar violao.
De beber agua no chapéu as formigas ja sabem quem ele é.
Nao presta pra nada.
Mesmo que dizer: - Povo que gosta de resto de sopa é mosca.
Disse que precisa de nao ser ninguém toda vida.
De ser o nada desenvolvido.
E disse que o artista tem origem nesse ato suicida.
13
Lugar em que ha decadência.
Em que as casas começam a morrer e s?a habitadas por morcegos.
Em que os capins lhes entram, aos homens, casas portas a dentro.
Em que os capins lhes subam pernas acima, seres a dentro.
Luares encontrarao so pedras mendigos cachorros.
Terrenos sitiados pelo abandono, apropriados à indigência.
Onde os homens terao a força da indigência.
E as ruinas darao frutos"
By Manoel de Barros
Nao me lembro de nenhuma flor pelo caminho. Nenhum detalhe curioso. Nenhuma estoria veio a minha cabeça ao olhar para os transeuntes. Na verdade nem me lembro se estava sol ou nublado. Lembro-me apenas de uma mulher pedindo informaçoes sobre o Bradesco mais proximo. Nem rosto, nem carro me vem a mente. Falta de enredo.
Friday, October 10, 2003
Hoje é sexta-feira. Final de novela das oito, com expectativa de beijo entre nossas duas personagens favoritas. Hoje é o Dia da Honestidade. Marcelo Negrao completa anos hoje. No meu caso, hoje também é dia de pagamento.
Para a Falecida hoje é o dia C. Aquele que vem antes do dia D. Que seja um grande dia C, cheio de alegrias e celebraçoes.
Se estivéssemos em um bar (essa hora??), fariamos um brinde ao sr. e srta. Falecidos. Como nao é o caso...cheers virtual!!
Para a Falecida hoje é o dia C. Aquele que vem antes do dia D. Que seja um grande dia C, cheio de alegrias e celebraçoes.
Se estivéssemos em um bar (essa hora??), fariamos um brinde ao sr. e srta. Falecidos. Como nao é o caso...cheers virtual!!
Thursday, October 09, 2003
Wednesday, October 08, 2003
Racionamento de agua chegando. Problemas inesgotaveis com o seguro. Isençao de imposto de renda que nunca vem. A velha encrenca com o povo de Tecnologias. Cruzeiro oito pontos na frente. Marginal Pinheiros totalmente parada desde a ponte do Morumbi.
As vezes eu fico me perguntando como um ser humano consegue sobreviver a tantas chateaçoes sem ter um ataque cardiaco ou um colapso nervoso. Dai eu me lembro que de tempos em tempos existe uma desintoxicaçao coletiva. Um jogo decisivo da seleçao, um escândalo como o do Gugu ou um final de novela das oito. Algo que mobiliza e hipnotiza o coletivo e nos deixa falando sobre o destino da Heloisa enquanto os motoboys la fora saqueiam os carros.
As vezes eu fico me perguntando como um ser humano consegue sobreviver a tantas chateaçoes sem ter um ataque cardiaco ou um colapso nervoso. Dai eu me lembro que de tempos em tempos existe uma desintoxicaçao coletiva. Um jogo decisivo da seleçao, um escândalo como o do Gugu ou um final de novela das oito. Algo que mobiliza e hipnotiza o coletivo e nos deixa falando sobre o destino da Heloisa enquanto os motoboys la fora saqueiam os carros.
Tuesday, October 07, 2003
Velhos habitos. Manias. Em alguns casos, esquisitice mesmo! Tenho varias: um dedo na boca e outro sobre o nariz enquanto penso, coçar o nariz com a ponta do dedo, nao tomar o final do Nescau, dormir com a mao dentro do pijama e colocar a outra mao repousando sobre o peito e varias outras que resultariam numa lista interminavel.
Tudo mecânico. Nada imprescindivel.
Tudo mecânico. Nada imprescindivel.
Monday, October 06, 2003
Fato raro me aconteceu ontem. Insônia. A bendita me fez lembrar que um livreto comprado e nao lido. Logo, entre um tapa de outro do Steven Segal eu li alguns versos. Em espanhol, o que atrapalha a minha compreensao, mas que de alguma forma torna os versos ainda mais românticos e sonoros.
E por ser Neruda, lembrei da Raquel que esta " a mando" de alguém.
"Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava y hace saltar el hijo del fondo de la tierra."
E por ser Neruda, lembrei da Raquel que esta " a mando" de alguém.
"Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava y hace saltar el hijo del fondo de la tierra."
Thursday, October 02, 2003
Wednesday, October 01, 2003
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