Thursday, January 26, 2012

O tempo de cada coisa

Sou impaciente. Cada dia menos, mas é preciso conhecer seus adversários para poder vencê-los e a impaciência habita em mim desde que eu me lembro de ser eu.
"Não te impacientes"...quantas vezes ouvi essa frase sair da boca do meu pai?! Houve época em que ouvir alguém me aconselhando a ter paciência acabava com o restinho dela que eu ainda pudesse ter.
Que bom que o tempo passa e que de uma forma ou de outra eu aceito que ele me mude. Nem sempre eu mudo no tempo que minha impaciência tolera, mas eu mudo no tempo que minha paciência consegue. E o clichê tá certo, cada coisa tem mesmo seu tempo.


A Brisa chegou em casa menor do que meu chinelo 35. Por mais que incomodasse, ela chorava, sujava a casa e roía as coisas. Detestava colo e passava mal em todo passeio de carro, por mais curto que fosse.
Hoje ela é uma magrela enorme. Só chora pra ganhar carinho ou subir no colo, faz seu cocô no lugar certinho e virou uma senhora maria gasolina. 
Ela não cresceu em função da minha vontade por mais que eu tenha a presunção de querer controlar as variáveis da vida.

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