Do nunca mais
19 /NOV/2011
Hoje ela vai passar por um ritual tão indesejável quanto inevitável. Vai enterrar um dos seus. Não qualquer um dos seus, mas aquela que lhe protegeu e nutriu desde os primeiros minutos de algo que poderia ser chamado de vida.
Não importa o tipo de ritual ou religião. Velórios, enterros, cremações...são gestos e nomes diferentes para lidar com uma coisa comum: essa profunda saudade de alguém que mal disse adeus. A dor que não encontra forma de ser expressada ou de ser esquecida. O sentimento de quem entende das coisas do nunca mais.
Nunca mais é a morte. E tantas coisas viram nunca mais.
Um dia a saudade doerá menos, mas ela não entrará no reino do nunca mais.
Por mais que eu goste dessa amiga, não há o que fazer. Ninguém pode substituí-la nesses próximos dias. Não há atalhos.
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